segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quem foi Zecharia Sitchin?

06.1920 - 10.2010
Foi um dos maiores especialistas, em cultura suméria, historiador, linguista e perito em escrita cuneiforme (suméria) e em muitas outras linguagens antigas,  Zecharia Sitchin nasceu em 11 de Julho de 1920 em Baku, Azerbaijão, e foi criado na Palestina. Adquiriu conhecimentos do hebraico antigo e moderno e outras línguas européias e semíticas, do Velho Testamento e da história e arqueologia do Oriente Próximo. Sitchin formou-se em Economia pela London School of Economics, (Universidade de Londres), graduando-se em história econômica, foi um dos poucos estudiosos do mundo capacitados a traduzir a escrita cuneiforme, característica das civilizações mesopotâmicas, trabalhou como jornalista e editor em Israel e foi consultor da NASA. Sitchin, traduziu massivamente, ao longo de sua vida, os escritos de mais de 2000 das mais de 20.000 placas sumérias encontradas em suas pesquisas arqueológicas. E escreveu inúmeros livros (chamados de: Crônicas da Terra) contendo essas traduções e sua interpretação sobre o assunto.

Em 1976, publicou The Tewlfht Planet (o 12º Planeta) e assim começou sua trajetória transformadora da pesquisa da história antiga. Em 1993, lançou seu sexto livro, parte da série de Earth Chronicles (Crônicas da Terra) - When Time Began (O começo do Tempo). Este último livro fala das relações entre o complexo calendário de Stonehenge, as ruínas de Tiahuanacu, no Peru, a antiga cultura suméria e, por extensão, a conexão desses monumentos antigos com os Anunnaki. Sitchin defende que os Anunnaki não são uma alegoria ou criação fabulosa dos sumérios; antes, são seres humanóides que vivem no misterioso planeta Nibiru. O lingüista acredita que, na antiguidade, esses visitantes conviveram com antigos mesopotâmicos e foram os “instrutores”, os Deuses da humanidade dos primeiros tempos históricos (pós-advento da escrita). Comparando as mitologias da Criação de diferentes civilizações, HITITAS, CANANEUS, SEMITAS, BABILÔNIOS, EGÍPCIOS, HINDUS E POR FIM GREGOS, verifica-se a coincidência dos mitos, que são recorrentes nas referências a uma “colonização” ou instrução das primeiras nações humanas por seres superiores, que vieram do espaço e se encarregaram de ensinar aos homens primitivos as “artes que caracterizam as civilizações. Sempre buscando a identidade desses “instrutores celestes”, Sitchin começou sua jornada pelo mundo das cidades antigas e dos grandes impérios do passado.

Sitchin acreditava que as pirâmides de Gizé não foram uma realização dos egípcios. Em 1993 foi divulgada a descoberta de que a Esfinge é dois mil anos mais antiga do que se pensava, o que reforça a teoria de Sitchin. Ele fundamenta suas teorias em rigorosas traduções dos textos sumérios, escrituras Védicas (indianas) e textos originais da Bíblia escritos em hebraico e grego. O local, na Terra, de chegada dos Annunaki é uma região chamada Eridu, sul do Iraque.

A dimensão do trabalho de Sitchin foi tão importante que ele se tornou consultor pessoal dos generais norte-americanos Colin Powell e Norman Schwarzkopf, durante a guerra do Golfo. Powell, que posteriormente se tornou Secretário de Estado, tinha um particular interesse na organização militar dos sumérios. Coincidência ou não, nos últimos quinze anos as campanhas militares norte-americanas se tornaram extremamente intensas na região que foi o berço da civilização suméria.  Sitchin viveu até sua morte em outubro de 2010, na cidade de New York, onde editava seus livros. Suas obras foram largamente traduzidas, inclusive para o braille, e comentadas em vários programas de rádio e televisão.




Fonte:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Zecharia_Sitchin#Biografia


http://www.sitchin.com/




Bibliografia de Sitchin para Download em português.
Os cinco primeiros livros de Sitchin foram publicados no Brasil pela Editora Nova Cultural e estão sendo relançados pela Madras Editora LTDA  (2013).


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A Suméria Traduzida por Sitchin

A mais completa fonte de informações à respeito da nossa origem, se encontra entre os achados arqueológicos da civilização suméria. Os sumérios foram os co-fundadores da primeira grande civilização da Mesopotâmia, como era chamada à região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, que nascem nas montanhas da Turquia e desembocam no Golfo Pérsico. Onde atualmente está situado o Iraque. Sua organização social foi literalmente responsável pelo mundo como conhecemos hoje. Elementos que influenciaram na formação das sociedades greco-romanas, que por sua vez influenciaram todo o mundo ocidental e estão fortemente presentes até os dias de hoje:
  • Técnicas de medicina, arquitetura, engenharia e hidráulica, baseados em magníficos conhecimentos em matemática, química, física e astronomia. Seus conhecimentos astronômicos eram incrivelmente avançados: seus observatórios obtinham cálculos do ciclo lunar que diferiam em apenas 0,4 segundos dos cálculos atuais. Na colina de Kuyundjick, antiga Nínive, foi encontrado um cálculo, cujo resultado final, em nossa numeração, corresponde a 195.955.200.000.000. Um número de quinze casas!... Os gregos, no auge do saber, não passaram do número 10.000, o resto seria o "infinito".
  • Desenvolveram a agricultura com técnicas de irrigação e drenagem de solo, construção de canais, diques e reservatórios;
  • Sistema de leis baseados nos costumes;
  • Habilidosas práticas comerciais;

  • Sistema de escrita cuneiforme, assim chamado porque escreviam em plaquetas de argila com um estilete em forma de cunha;
  • Sistema de unidade política das Cidades-Estados ou Estados soberanos, como Ur, Nipur e Lagash;
  • Sistema de hierarquias sacerdotais para organização religiosa;
  • Fundaram as primeiras bibliotecas. Na cidade de Nipur, 150 km ao sul de Bagdá, foi encontrada uma biblioteca sumeriana inteira, contendo cerca de 20.000 tabletes de argila com inscrições cuneiformes sobre a origem da humanidade.
  • Criaram os fenomenais projetos arquitetônicos denominados zigurates. Verdadeiros complexos piramidais que englobavam vários módulos de edifícios, abrigando desde templos religiosos até plenários políticos, construídos ao redor de um bloco-célula central e interligados por rampas espirais desde a base até o topo.


Os Sumérios descreviam o sistema solar como um conjunto de 12 corpos celestes significativos*. Na linguagem zodiacal, estes astros são todos chamados planetas”, embora, entre eles, os antigos incluíssem a Lua e o Sol. Isso significa que os mesopotâmicos, não somente possuíam um grande conhecimento astronômico como eles também afirmavam a existência de planetas que somente a ciência contemporânea pôde reconhecer, como o longínquo Plutão; os misteriosos Urano e Saturno e o até hoje desconhecido porém procurado 12º planeta, este que os sumérios denominavam Nibiru. Ora, se os sumérios, há 6 mil anos, estavam corretos em relação aos nove planetas reconhecidos hoje porque não poderiam estar, igualmente corretos, em relação a Nibiru? Ut’napishtim, o Noé da Suméria, resgata Gilgamesh do meio dos oceanos durante o Dilúvio provocado pelos Anunnaki. Há seis mil anos atrás, os Sumérios conheceram um planeta chamado Nibiru. Era o planeta de origem de um povo descrito pelos antigos como “raça de deuses”. Os nativos do planeta Nibiru visitaram a Terra no passado influenciando decisivamente a cultura humana. Artefatos e tabuletas cuneiformes de argila e pedra encontradas no Iraque referem-se claramente a um planeta de onde vieram viajantes, bem como, relatos de sua história.

A herança deste remotos visitantes aparece na avançada tecnologia dos sumérios e de outros povos ao redor do mundo. Muitas relíquias não são acessíveis ao público que, assim, desconhece essa face da história tratada apenas como mitologia mesopotâmica.

No caso dos sumérios, sua cultura é a mais antiga do Ocidente. Entretanto, seu sistema matemático e o calendário permenecem atuais. Aos poucos, a pesquisa sobre o planeta Nibiru começa a aparecer, ainda que o planeta seja chamado por outros nomes, como, 12º planeta, “planeta da cruz” (Planet of the crossing) ou Planeta X. Os sumérios tinham doze corpos celestes em seu zodíaco, contando o sol e a lua e mais DEZ Planetas que, afirmavam, pertencem ao nosso sistema solar, tudo isso sem o auxilio da avançada tecnologia de hoje. Hoje os cientistas estão procurando este planeta misterioso nos confins do espaço; a NASA se empenha nessa pesquisa e os especialistas investigam porque já têm certeza de que o denomindo por eles de “Planeta X”, existe.

Observado há milhares de anos passados, o planeta chamado pelos sumérios de Nibiru não é visto nos céus contemporâneos. Isso acontece porque a órbita do 10º planeta (12º astro dos sumérios) é uma elíptica extremamente alongada. Durante milênios, o globo se mantém longe do sol e da vista dos terráqueos, muito além da órbita de plutão, que aliás só foi descoberto, devido a busca por este planeta denominado pela NASA de Planeta X (onde X é a representação da incógnita na matemática).

A prova definitiva da veracidade da tradição suméria seria o reconhecimento científico de um décimo planeta (ou 12º astro) no sistema solar, ou seja, a “descoberta” de Nibiru com tamanho, órbita e outras características descritas nos registros da Mesopotâmia. Plutão foi descoberto em 1930 e Caronte, sua lua, em 1978.

A análise de Plutão mostra que determinadas peculiaridades da órbita deste planeta e também das órbitas de Urano e Netuno somente podem ser explicadas pela existência de um planeta desconhecido que deve ser bem maior que Plutão e mesmo a Terra. Entre 1983 e 1984, o IRAS - Infrared Astronomical Satellite produziu observações relacionadas a um décimo planeta. Em 1992 novas descobertas foram publicizadas sobre um planeta a mais no sistema, denominado “intruder - “planeta intruso”. Os cientistas começaram, então, a confrontar os dados da astronomia com as traduções da maior autoridade viva sobre cultura suméria, o Arqueólogo, escritor e consultor da NASA, Zecharia Sitchin, em especial, a tradução do documento Enuma Elish, que contém a história da formação deste sistema solar. São anais muito antigos que falam de um planeta do tamanho de Urano chamado Tiamat, cuja órbita passava entre Marte e Júpiter.

Há muito tempo escavações arqueológicas têm trazido à luz artefatos, ferramentas, máquinas e registros que surpreendem, pelo seu avanço, as expectativas dos estudiosos. São objetos inexplicáveis para a ciência histórica acadêmica e muitos são excluídos, por não corroborar a história que nos é ensinada. No deserto do Iraque foram encontradas baterias de argila com eletrodos datadas em 2 mil e 500 anos antes de Cristo; em uma pirâmide funerária, havia um modelo de aeroplano perfeitamente funcional. Sem mensionar a descoberta da existência de radioatividade no mar-morto datada em milhares de anos atrás. Isso tudo, é só a ponta de um enorme Ice Berg.

FONTE:

Vídeo 1

Vídeos

- Giants Upon the Earth - por Jason Martell
- Planet X: Past and Present

terça-feira, 10 de agosto de 2010

História convencional da Suméria


A Suméria (ou Shumeria, ou Shinar; na bíblia, Sinar; egípcio Sangar; ki-en-gir na língua nativa), geralmente considerada a cultura mais antiga da humanidade, localizava-se na parte sul da Mesopotâmia (o Iraque da atualidade), apropriadamente posicionada em terrenos conhecidos por sua fertilidade, entre os rios Tigre e Eufrates. Evidências arqueológicas datam o início da cultura suméria em meados do quarto milénio a.C. Entre 3500 e 3000 a.C. houve um florescimento cultural, e a Suméria exerceu influência acerca as áreas circunvizinhas, culminando na dinastia de Ágade, fundada em aproximadamente 2340 a.C. por Sargão I, sendo que este, ao que tudo indica, seria de etnia e língua semitas, porém na quadra em que os semitas originais ainda detinham a pureza racial (ou melhor, ainda não haviam se misturado aos Núbios e Etíopes na formação dos Camitas). Depois de 2000 a.C. a Suméria entrou em declínio, sendo absorvida pela Babilônia e pela Assíria. 

Duas importantes criações atribuídas aos sumérios são a escrita cuneiforme, que provavelmente antecede todas as outras formas de escrita, tendo sido originalmente usada por volta de 3500 a.C.; e as cidades-estado - a mais conhecida delas sendo, provavelmente, a cidade de Ur, construída por Ur-Nammu, o fundador da terceira dinastia Ur, por volta de 2000 a.C.



Os sumérios habitaram várias cidades-estados, cada uma erigida em torno de seus respectivos templos, dedicados ao deus a cuja proteção a cidade competia. Estas cidades, grandes centros mercantis, eram governadas por déspotas locais denominados patésis, supremo-sacerdotes e chefes militares absolutos, auxiliados por uma aristocracia, constituída por burocratas e sacerdotes. O patési controlava a construção de diques, canais de irrigação, templos e celeiros, impondo e administrando os tributos a que toda população estava sujeita. As cidades-estados sumerianas, tradicionalmente, eram cidades-templos. Isto porque os sumérios acreditavam que os deuses haviam fundado as cidades para que fossem centros de cultos. Mais tarde, segundo a religião, os deuses limitavam-se a comunicar os soberanos as plantas das cidades e dos santuários. A ligação dos patésis aos ritos da cidade era extremamente íntima.

Os templos estavam ligados ao poder estatal e suas riquezas eram usufruídas pelos soberanos, considerados intermediários entre os deuses e os homens. Junto com os tempos das cidades, homenageando o seu deus patrono, não raramente eram erguidos zigurates - pirâmides de tijolos maciços cozidos ao sol, que serviam de santuários e acesso aos deuses quando desciam até seu povo.

Dentre cidades mais importantes do território sumério estavam Eridu, Kish, Lagash, Uruk, Ur e Nippur. Com o desenvolvimento dessas cidades, a tentativa de supremacia duma sobre a outra tornou-se inevitável. O resultado foi um milênio de embates quase incessantes sobre o direito de uso de água, rotas de comércio e tributos a tribos nômades

Agricultura e Caça

Os sumérios mantinham uma produção de cevada, grão-de-bico, lentilha, milhete, trigo, nabo, tâmara, cebola, alho, alface, alho-poró e mostarda. Eles também criavam gado, carneiro, cabra e porco. Além disso usavam bois como opção principal no trabalho de carga e burros como animal de transporte. Os sumérios pescavam peixes e caçavam aves galináceas.

A agricultura suméria dependia muito da irrigação, sendo efectuada através do uso de canais, barragens, diques e reservatórios. Os canais requeriam reparos freqüentes e a remoção contínua de lodo. O governo ordenava a determinados cidadãos a tarefa de trabalhar nos canais, apesar de os ricos poderem ser dispensados.

Com o uso de canais os fazendeiros irrigavam seus campos e então drenavam a água. Depois deixavam que os bois macerassem a terra e matassem as ervas daninhas. O passo seguinte era dragar os campos com picaretas. Depois de secar, eles os aravam, gradavam e varriam três vezes, pulverizando-os depois com um alvião.




Os sumérios ceifavam durante a fase seca do outono em equipes de três pessoas, consistindo de um ceifador, um enfardador e um feixador. Os fazendeiros usavam um tipo de colheitadeira arcaica para separar a cabeça dos cereais de seus respectivos talos, para então usar um tipo de trenó de triagem, que separava o grão dos cereais. Em seguida peneiravam a mistura de grãos e debulhos.

Arquitetura

A planície Tigre-Eufrates carecia de minerais e árvores. As edificações sumérias compreendiam estruturas planoconvexas feitas de tijolos de barro, desprovidas de argamassa ou cimento. Uma vez que tijolos planoconvexos são de composição relativamente instável, os pedreiros sumerianos adicionavam uma mão extra de tijolos, postos perpendicularmente a cada poucas fileiras. Aí então preenchiam as lacunas com betume, engaço, cana e cizânias. Construções feitas com tijolos de barro, entretanto, acabam se deteriorando, de forma que eram periodicamente destruídas, niveladas e reconstruídas no mesmo lugar. Essa constante reconstrução gradualmente elevou o nível das cidades, de modo que se ergueram acima da planície à sua volta. Os aterros resultantes (chamados em inglês de tell) são encontrados através do antigo Oriente Próximo. O tipo mais famoso e impressionante dentre as edificações sumérias chama-se zigurate, uma construção de largas, amplas plataformas sobrepostas em cujo topo encontravam-se templos. Esse maciço edifício de celsa estatura pode ter sido a inspiração para a Torre de Babel bíblica. Selos cilíndricos sumerianos também descrevem casas construídas com cana, similares àquelas construídas pelos árabes das terras baixas da parte sul do Iraque até anos recentes.




Por outro lado, templos sumérios e palácios fizeram uso de materiais e técnicas mais avançadas como reforços (suporte para os tijolos), recessos (quinas), pilastras e pregos de argila.

Economia e Comércio

Empreendedores e criativos, os sumérios estabeleceram relações comerciais com vários povos da costa do Mediterrâneo e do Vale do Indo.

Descobertas de obsidiana em locais longínquos da Anatólia e no Afeganistão remontam a Dilmun (hoje Bahrain, um principado no Golfo Pérsico), e vários selos inscritos na grafia dos povos do Vale do Indo sugerem uma rede consideravelmente extensa de comércio antigo, centrado nos limites do Golfo Pérsico.

A Epopéia de Gilgamesh refere-se ao comércio, com terras longínquas, de mercadorias como madeira, já que esse item representava um material escasso na Mesopotâmia. O cedro do Líbano era especialmente apreciado.

Os sumérios usavam escravos, embora esses não representassem a maior parte da economia. Mulheres escravas trabalhavam como tecelãs, prensadoras, moleiras e carregadoras.

A cerâmica sumérica decorava vasos com pinturas em óleo de cedro. Os ceramistas utilizavam furadeiras arqueadas para produzir o fogo necessário ao cozimento da cerâmica. Os pedreiros e ourives sumérios não só conheciam como faziam uso de marfim, ouro, prata, galena e lápis-lazúli.

Características Militares

As cidades sumérias eram defendidas por muralhas. Os sumérios engajavam-se em guerras de sítio entre suas cidades, e as muralhas de tijolos de barro obviamente não podiam deter os inimigos, que já conheciam o material.

O exército sumério consistia, em sua maior parte, na infantaria. A infantaria leve carregava machados de guerra, adagas e lanças. A infantaria de linha de frente também usava capacetes de cobre, capas de feltro e saias (kilts) de couro.

Os sumérios inventaram a carruagem, à qual atavam onagros (burros selvagens). Essas carroças antigas não funcionavam tão bem em combate quanto os modelos construídos a posteriori, e alguns sugeriram que as carroças serviam primeiramente como meio de transporte, embora o time de guerra sumério carregasse machados de guerra e lanças. A carroça, ou carruagem, suméria constituía de um dispositivo quatro-rodas manejado por uma equipe de duas pessoas e ligado a quatro onagros. A carroça era composta por cestas entretecidas, e as rodas possuíam um sólido design triplo. Os sumérios usavam fundas e arcos simples (só mais tarde a humanidade inventaria o arco composto.)


Tecnologia

Exemplos da tecnologia suméria incluem: serras, couro, cinzéis, martelos, braçadeiras, brocas, pregos, alfinetes, anéis, enxadas, machados, facas, lanças, flechas, espadas, cola, adagas, odres de água, caixas, arreios, barcos, armaduras, aljaves, bainhas, botas, sandálias e arpões.

Os sumérios possuíam três tipos de barco:
    * os barcos de pele, feitos a partir de cana e peles de animais.
    * os barcos a vela, caracterizados por serem feitos com betume, sendo à prova d'água.
    * os barcos a remo (com remos feitos de madeira), às vezes usados para subir a correnteza, sendo puxados a partir de ambas as margens do rio por pessoas e animais.

Astronomia

Os sumérios são geralmente considerados os inventores da astronomia, o estudo da observação dos astros. Nas ruínas das cidades sumérias escavadas por arqueólogos desde o principio do século XX, foram encontradas muitas centenas de inscrições e textos deste povo sobre suas observações celestes. Entre estas inscrições existem listas especificas de constelações e posicionamento de planetas no espaço, bem como informações e manuais de observação.

Existem textos especificos sobre o sistema solar e o movimento dos planetas em torno do sol, na sua ordem correta. Muitas destas inscrições, cuja idade ultrapassa os 4.500 anos de idade, estão agora conservadas no Museu do Antigo Oriente Próximo[1] (Vorderasiatisches Museum), uma conjunto de 14 salas na ala sul do Museu Pérgamo (Pergamonmuseum).


Escrita

Credita-se aos sumérios a invenção do sistema cuneiforme de escrita (caracteres em forma de cunha), que foi utilizada por toda a Mesopotâmia e povos vizinhos. Os próprios acádios, após invadirem e conquistarem a Suméria, adotaram o sistema cuneiforme daquele povo para materializar a própria língua (similarmente ao que há hoje entre o português e o inglês, por exemplo, onde ambos usam o mesmo alfabeto para representar idiomas diferentes).




A escrita cuneiforme começou como um sistema pictográfico, onde o objeto representado expressava uma idéia. Um barco marcado por determinados sinais, por exemplo, poderia significar que ele estava carregado ou vazio. Com o tempo, os cuneiformes passaram a ser escritos em tabuinhas de argila, nos quais os símbolos sumérios eram desenhados com um caniço afiado chamado estilete. As impressões deixadas pelo estilete tinha forma de cunha, razão pela qual sua escrita terminou sendo chamada de cuneiforme.

Um corpo extremamente vasto (muitas centenas de milhares) de textos na língua suméria sobreviveu, sendo que a maioria está gravada nas tabuinhas de argila citadas no parágrafo anterior. A escrita suméria está grafada em cuneiforme e é a mais antiga língua humana escrita conhecida. Os tipos de textos sumérios conhecidos incluem cartas pessoais e de negócios e/ou transações comerciais, receitas, vocabulários, leis, hinos e rezas, encantamentos de magia e textos científicos incluindo matemática, astronomia e medicina. Inscrições monumentais e textos sobre diversos objetos, como estátuas ou tijolos, também são bastante comuns. Muitos textos sobrevivem em múltiplas cópias pelo fato de terem sido transcritos repetidamente por escribas "estagiários". A escola de Edubba (termo sumério que significa "Casa de Tabuinhas"), por exemplo, era um dos centros de aprendizagem onde arquivos e escritos literários eram guardados (ou seja, grafados) em tabuinhas de argila. Edubba foi um dos primeiros centros acadêmicos e um dos primeiros receptáculos de sabedoria de que se tem conhecimento.


Os sumérios talvez sejam mais lembrados devido às suas muitas invenções. Muitas autoridades lhes dão crédito pelas invenções da roda e do torno de oleiro. Seu sistema de escrita cuneiforme foi o primeiro sistema de escrita de que se tem evidência, pré-datando os hieróglifos egípcios em pelo menos 75 anos. Os sumérios estavam entre os primeiros astrônomos, possuindo a primeira visão heliocêntrica de que se tem conhecimento (a próxima apareceria por volta de 1.500 a.C. por parte dos Vedas na Índia). Afirmavam também que sistema solar constituía-se de 5 planetas (apenas 5 planetas podiam ser vistos a olho nu).

Desenvolveram também conceitos matemáticos usando sistemas numéricos baseados em 6 e 10. Através desse sistema, inventaram o relógio com 60 segundos, 60 minutos e 12 horas, além do calendário de 12 meses que usamos atualmente. Também construíram sistemas legais e administrativos com cortes judiciais, prisões e as primeiras cidades-estados. A invenção da escrita possibilitou aos sumérios o armazenamento do conhecimento e a possibilidade de transferi-lo a outros. Isso levou à criação de escolas, à educação e oficialização da matemática, religião, burocracia, divisão de trabalho e sistema de classes sociais.

Também os sumérios inventaram a carroça e, possivelmente, as formações militares. Inventaram a cerveja. O mais importante de tudo, talvez, seja o fato de que, de acordo com muitos acadêmicos, os sumérios foram os primeiros a domesticar tanto plantas como animais. No caso do primeiro termo, através de plantações sistemáticas e da colheita de uma descendência de grama mutante, conhecida atualmente como einkorn, e de sementes de milho e de trigo. Com relação ao segundo termo (i. é, os animais), os sumérios os domesticaram através do confinamento e da procriação de carneiros ancestrais (similares à cabra montês e ao gado selvagem (búfalos)). Foi a primeira vez que essas espécies foram cultivadas e criadas em larga escala.

Essas invenções e inovações facilmente colocam os sumérios entre uma das culturas mais criativas de toda a antiguidade, e mesmo da história.

Cronologia

Nota: Na seqüência abaixo, todos os anos são a.C.

   * 5000 - Desenvolvimento primitivo da Suméria

   * 4000 - Desenvolvimento da alta civilização

   * 3500 - Sumérios se estabelecem na Mesopotâmia. Construção do templo em Tell Uqair, que durou de 3.500 a 1.900 a.C.

   * 3300 - Escrita suméria em tabuinhas de argila (escrita pictórica ou pictorial)

   * 3250 - A escrita suméria evolui para a cuneiforme; a roda é usada na Mesopotâmia

   * 3000 - Rivalidades políticas e militares. Construção do Templo Branco em Uruk (de pé até 2.750 a.C.)

    * 2750 - O lendário Gilgamesh reina sobre Uruk; Enmebaragesi & Agga reinam sobre Kish
     * 2600 - A rainha Shudu-ad é enterrada nos Túmulo Reais de Ur;

     * 2550 - Mesalim reina sobre Kish;

    * 2500 - Rei de Ur, primeiro rei a possuir registros escritos na Suméria; Lugalannemudu de Abab unifica cidades-estados;

     * 2475 - Ur-Nanshe reina sobre Lagash, Meskalamdug reina sobre Ur. Conflitos militares entre Lagash & Umma perduram por um longo tempo;

    * 2375 - Lugalzaggisi (ou Lugalzagesi) de Umma unifica a Suméria por um curto período de tempo;

    * 2350 a 2340 - Sargão, o Acádio derrota Umma e Lugalzaggisi, conquistando a Suméria e a Acádia, criando um império de superioridade política e econômica;

    * 2250 - Revivificação de cidades-estados; inventa-se o arco-composto, cujas flechas são capazes de penetrar armaduras de couro e possuem o dobro do alcance concedido por arcos comuns.

     * 2230 - Invasão gútia quebra a unidade acádio-sumeriana.

     * 2217 - Shar-kali-sharri, rei da Acádia, perde o Elam, invade Gútio e é assassinado

    * 2200 - A Acádia entra em colapso devido às invasões do norte. Data-se daqui o mais antigo documento do Egito escrito em papiro

   * 2175 - Gudea reina sobre Lagash

   * 2148 - La'arab, rei de Gútio, conquista a Acádia vindo do leste e invade a Suméria

   * 2133 - Utu-hegal reina em Uruk

  * 2120 - Utu-hegal, rei de Uruk, expulsa os Gútios; Abraão deixa a cidade de Ur (há discordâncias. Conf. 2000)

    * 2112 - Nova unificação da Suméria e Acádia, desta vez por Ur-Nammu de Ur. O novo governante deixa textos legais à posteridade, conhecidos por As Leis de Ur-Nammu

    * 2100 - Construção do zigurate em Ur

  * 2047 - No Egito, Mentuhotep II completa a reunificação, dando início ao Reino, ou Império, Médio
      2030 - Nova quebra da unidade acádio-sumeriana, desta vez pelos elamitas

   * 2020 - Ishbi-Erra, governante amorita de Isin, tenta unificar novamente o território

  * 2000 - Os indo-europeus deixam a área do Mar Negro em direção ao Oriente Médio numa das maiores correntes migratórias da história da humanidade. Desenvolvimento da civilização minóica em Creta, na Grécia. Os cítios vêm da Ásia Central e invadem a Ásia Ocidental a cavalo. Amoritas nômades invadem a Mesopotâmia pelo norte e oeste e estabelecem-se num vilarejo chamado Babilônia. A população mundial gira em torno de 27 milhões. Os hititas migram do vale do Danúbio para a península da Anatólia. O Egito conquista a Baixa Núbia. Diz-se que Abraão deixa a cidade de Ur e marcha à Palestina (alguns datam o acontecimento em 2120). Período patriarcal de Israel. A civilização de Harappa na Índia desfalece. Desenvolvimento dos primeiros centros de cerimônia no Peru. Era Micênica na Grécia. Marduk é adorado como o deus capital da Babilônia. Creta começa a usar navios com quilhas e costeletas.

Foi nessa época também, que ocorreu o pior El Niñoda história, tão poderoso que consegui afetar algo que rarissimamente chega a essas regiões matando milhares dos habitantes dessa região

    * 1934 - Leis de Lipit-Ishtar
    * 1900 - Leis de Eshnuna da Babilônia; Antigo Período Assírio; Império Babilônico
    * 1860 - Desenvolvimento do alfabeto semítico primitivo
    * 1850 - Armas de cobre são endurecidas com o uso de martelos
    * 1800 - Os hititas expulsam os assírios da Anatólia; migração ariana da parte sul da Rússia em direção ao Oriente Próximo
    * 1795 - Rim-Sin de Larsa derrota Isin, obtendo controle sobre a Suméria e a Acádia
    * 1792 - Hamurabi sobre ao trono da Babilônia
  * 1770 - É feito o Código de Hamurabi, um dos mais antigos conjuntos de leis da humanidade
    * 1760 - Hamurabi derrota Larsa, obtendo controle sobre toda a Suméria e a Acádia
   * 1720 - Invasores hicsos expulsam habitantes egípcios do Baixo Egito; mudança no rio Eufrates, e conseqüente colapso da vida em Nippur, além de outras cidades sumérias
  * 1700 - José lidera o povo hebreu Egito adentro; popularização da arte minoana em Creta. Mais tarde, os palácios de Cnossos e Faistos são destruídos pelo fogo. Os gregos usam armaduras de bronze, espadas cortantes e lanças inviscerantes
   * 1600 a 1595 - Invasões e razias hititas quebram a unidade acádio-sumeriana. A suméria como se conhecia é extinta.


FonteInternational World History Project

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