A arqueologia é uma ciência fascinante; quanto mais ela descobre, mais mistérios ela revela.
Quanto mais respostas ela dá, mais perguntas surgem. Mas isso só nos dá o estímulo para continuar tentando desvendar os segredos do passado. Esta lista investiga dez das mais importantes e incríveis descobertas arqueológicas da história.
10 - Bula de Baruk
Baruk ben Neriá foi um escriba na Bíblia que era o secretário (e parente de sangue) do profeta Jeremias. Além de escrever todas as profecias de Jeremias que foram ditadas a ele pelo próprio profeta, Baruch também escreveu seu próprio Livro Bíblico (você pode lê-lo aqui, em inglês).
Ele foi removido das bíblias protestantes nos anos 1500, mas pode ser encontrado em bíblias ortodoxas e católicas. Ele é uma pessoa muito reverenciada na história dos judeus e também pelo cristianismo. Então por que este item aqui está na lista? Em 1975, uma bula de argila foi descoberta em um mercado de antiguidades que trazia não só o nome de Baruch, mas também sua impressão digital. Se for autêntico, essa pequena bula de argila contém tanto a assinatura quanto a impressão digital não só do braço direito de um profeta bíblico, mas também de um homem que foi um profeta por si só.
9 – Pedra de Roseta
A descoberta da Pedra de Roseta desvendou os segredos mais profundos dos antigos hieróglifos egípcios. A pedra traz um decreto de 196 a.C. do Rei Ptolomeu V Epifânio, mas diferentemente de todos os outros decretos antes deste, ele foi escrito em três línguas: antigos hieróglifos egípcios, demótico e grego antigo.
Ela foi descoberta em 15 de julho de 1799 por soldados de Napoleão e logo foi levada a Alexandria. Os hieróglifos e a habilidade de lê-los ou escrevê-los acabaram em 396 d.C.
Essa era até hoje a chave para finalmente entender a língua que intrigou o homem por mais de um milênio. Ao usar o texto grego, Jean-François Champollion conseguiu decifrar o texto em egípcio antigo e melhorar consideravelmente a nossa compreensão de demótico, também. Desde que a pedra foi descoberta, diversas inscrições similares em várias línguas foram descobertas.
8 – Biblioteca de Nag Hammadi
Em 1945, na cidade egípcia de Nag Hammadi, uma incrível descoberta aconteceu. Mohammed Ali Samman, um camponês local, descobriu doze códices de papiros encadernados em couro dentro de uma grande jarra.
Os objetos eram 52 textos, a maior parte gnóstica, que eram desconhecidos ou conhecidos apenas pelos comentários dos padres da Igreja. As práticas e escritas gnósticas foram banidas pelo Bispo Atanásio em 367 d.C. e todos os textos gnósticos foram destruídos – exceto a biblioteca de Nag Hammadi que foi obviamente guardada em segredo por alguém querendo preservá-la para a história.
O conteúdo desses papiros nos oferecem quase tudo que sabemos sobre os gnósticos – uma facção cristã condenada que começou nos anos formativos da Igreja. Sua importância para a história social e bíblica é imensa. Os livros incluem vários evangelhos e outros textos relacionados aos movimentos dos Apóstolos após a morte de Cristo e outros trabalhos extra-bíblicos que em alguns casos corroboram e em outros contradizem a Bíblia.
7 – Pompéia
Pompéia, a antiga cidade romana, foi enterrada durante uma erupção vulcânica em 79 d.C., quando o Monte Vesúvio explodiu. Ela foi perdida por quase 1700 anos e os danos causados à cidade foram tão graves que até o nome dela desapareceu da história.
Em 1738, Herculano – uma cidade próxima também perdida – foi descoberta e dez anos depois o engenheiro militar Rocque Joaquin de Alcubierre descobriu Pompéia. Enquanto procurava em escavações posteriores, Giuseppe Fiorelli descobriu que algumas das grandes bolhas na lama vulcânica eram moldes perfeitamente formados por homens que morreram lá.
Ele injetou gesso nas bolhas e deu ao mundo moderno a primeira visão de verdadeiros habitantes da Roma Antiga. Interessante notar que a cidade estava cheia de arte e objetos eróticos e pichações encontradas numa parede de Pompéia chamavam a cidade de “Sodoma e Gomorra”, levando muitos cristãos a acreditar que a cidade foi destruída por Deus em resposta a suas perversões sexuais.
6 – A Pedra de Pilatos
A pedra de Pilatos (provavelmente o objeto menos conhecido desta lista) foi descoberta em junho de 1961 num local próximo a Cesária (parte de Judeia, em Israel) pelo Dr. Antônio Frova quando ele e sua equipe de arqueólogos estavam escavando um teatro da época da República Romana, construído por Herodes, o Grande, em 30 a.C.
A pedra foi reutilizada no século IV como parte de uma nova escadaria que foi adicionada mais tarde. O que é importante sobre esta pedra é o que os arqueólogos encontraram inscrito nela: “Ao Divino Augusto (este) Tiberio...Pôncio Pilatos...prefeito de Judeia...dedicou (este)”.
Esta foi a primeira vez que evidências físicas da existência do Pôncio Pilatos, famoso personagem bíblico, foram encontradas. Sua autenticidade é universalmente reconhecida pelo mundo arqueológico.
5 – Manuscritos do Mar Morto
Os Manuscritos do Mar Morto são 972 documentos bíblicos descobertos em uma caverna na costa do Mar Morto em 1946-1947. Eles são datados do século II d.C.; para entender a importância da data, a única outra cópia existente e relevante da Bíblia Hebraica hoje é do século IX d.C.
Isso deu aos estudiosos da Bíblia uma chance de entender de verdade a história translacional da Bíblia de meros duzentos anos depois de Cristo até os dias de hoje. Unidos às outras duas grandes cópias bíblicas do texto (escritas em grego e datadas do século IV), eles criam uma chance incrível de entender como as versões hebraicas e gregas podem ser comparadas através da história e nos contar sobre as alterações feitas em ambas por vários povos em várias épocas.
4 – Fósseis de dinossauros
É difícil dizer quando os primeiros ossos de dinossauros foram encontrados, mas nós sabemos ao menos que os primeiros cientificamente lembrados foram os do megalossauro – descrito em 1842 por William Buckland.
O iguanodonte foi descoberto dois anos antes por Gideon A. Mantell, mas não foi descrito até um ano depois. Dadas as fortes convicções religiosas da sociedade ocidental na época, essas descobertas iriam sacudir as crenças de muitas pessoas numa Bíblia literal de uma maneira nunca antes vista desde as descobertas de Copérnico e Galileu.
Algumas pessoas estavam convencidas de que essas primeiras descobertas de dinossauros se tratavam dos ossos de gigantes bíblicos (alguns ainda acham, na verdade), mas com o tempo a maioria acabou enxergando que o nosso incrível planeta foi o lar de criaturas muito antes do homem habitar a Terra.
3 - A Caverna de Altamira
Quando a Caverna de Altamira, na Espanha, foi descoberta, ela iria gerar uma controvérsia mundial que duraria décadas. Nesta caverna, o arqueólogo amador Marcelino Sanz de Sautuola, levado por sua filha de doze anos, viu pela primeira vez desde os tempos paleolíticos, desenhos criados por homens que antes não eram considerados capazes de tal façanha.
Suas implicações para a sociologia e a arqueologia eram assombrosas. Quando as pinturas foram finalmente consideradas autênticas vinte anos depois, elas mudaram para sempre a percepção dos seres humanos pré-históricos. É difícil imaginar como Marcelino deve ter se sentido quando ele olhou as pinturas pela primeira vez.
2 – Tutancâmon
“A princípio eu não conseguia ver nada, o ar quente que saía da câmara fazia a chama da vela tremer, mas depois, conforme meus olhos se acostumavam à luz, detalhes de dentro da sala emergiam lentamente da névoa, animais estranhos, estátuas, e ouro – em todos os lugares, o brilho do ouro. Naquele momento – uma eternidade deve ter sido para os outros que estavam lá – eu estava emudecido de incredulidade”.
Estas são as palavras de Howard Carter – o homem que descobriu a tumba do Rei Tutancâmon. Elas exprimem bem melhor do que qualquer tentativa de explicar o deslumbramento desta que é a mais importante descoberta egípcia dos tempos modernos. A importância desta descoberta para a compreensão da história do Antigo Egito é provavelmente a maior que existe.
1 – Garganta de Olduvai
A Garganta de Olduvai percorre o leste da África e é provavelmente a mais importante região arqueológica do planeta. Ela contém os restos de humanos de 1,9 milhão de anos e, devido à sua constante ocupação ao longo dos milênios, ela mostra o progresso da evolução do homem.
Foram encontradas ferramentas, evidência de necrofagia (marcas de dentes humanos em ossos em vez de marcas de cortes) e caça, além de evidência de interações sociais humanas numa época muito primitiva.
Também há exemplos de arte nas rochas da área. Devido à quantidade de restos e aos sinais de interação humana, esta foi possivelmente uma das primeiras cidades do homem (por assim dizer).
Quanto mais respostas ela dá, mais perguntas surgem. Mas isso só nos dá o estímulo para continuar tentando desvendar os segredos do passado. Esta lista investiga dez das mais importantes e incríveis descobertas arqueológicas da história.
10 - Bula de Baruk
Baruk ben Neriá foi um escriba na Bíblia que era o secretário (e parente de sangue) do profeta Jeremias. Além de escrever todas as profecias de Jeremias que foram ditadas a ele pelo próprio profeta, Baruch também escreveu seu próprio Livro Bíblico (você pode lê-lo aqui, em inglês).
Ele foi removido das bíblias protestantes nos anos 1500, mas pode ser encontrado em bíblias ortodoxas e católicas. Ele é uma pessoa muito reverenciada na história dos judeus e também pelo cristianismo. Então por que este item aqui está na lista? Em 1975, uma bula de argila foi descoberta em um mercado de antiguidades que trazia não só o nome de Baruch, mas também sua impressão digital. Se for autêntico, essa pequena bula de argila contém tanto a assinatura quanto a impressão digital não só do braço direito de um profeta bíblico, mas também de um homem que foi um profeta por si só.
9 – Pedra de Roseta
A descoberta da Pedra de Roseta desvendou os segredos mais profundos dos antigos hieróglifos egípcios. A pedra traz um decreto de 196 a.C. do Rei Ptolomeu V Epifânio, mas diferentemente de todos os outros decretos antes deste, ele foi escrito em três línguas: antigos hieróglifos egípcios, demótico e grego antigo.
Ela foi descoberta em 15 de julho de 1799 por soldados de Napoleão e logo foi levada a Alexandria. Os hieróglifos e a habilidade de lê-los ou escrevê-los acabaram em 396 d.C.
Essa era até hoje a chave para finalmente entender a língua que intrigou o homem por mais de um milênio. Ao usar o texto grego, Jean-François Champollion conseguiu decifrar o texto em egípcio antigo e melhorar consideravelmente a nossa compreensão de demótico, também. Desde que a pedra foi descoberta, diversas inscrições similares em várias línguas foram descobertas.
8 – Biblioteca de Nag Hammadi
Em 1945, na cidade egípcia de Nag Hammadi, uma incrível descoberta aconteceu. Mohammed Ali Samman, um camponês local, descobriu doze códices de papiros encadernados em couro dentro de uma grande jarra.
Os objetos eram 52 textos, a maior parte gnóstica, que eram desconhecidos ou conhecidos apenas pelos comentários dos padres da Igreja. As práticas e escritas gnósticas foram banidas pelo Bispo Atanásio em 367 d.C. e todos os textos gnósticos foram destruídos – exceto a biblioteca de Nag Hammadi que foi obviamente guardada em segredo por alguém querendo preservá-la para a história.
O conteúdo desses papiros nos oferecem quase tudo que sabemos sobre os gnósticos – uma facção cristã condenada que começou nos anos formativos da Igreja. Sua importância para a história social e bíblica é imensa. Os livros incluem vários evangelhos e outros textos relacionados aos movimentos dos Apóstolos após a morte de Cristo e outros trabalhos extra-bíblicos que em alguns casos corroboram e em outros contradizem a Bíblia.
7 – Pompéia
Pompéia, a antiga cidade romana, foi enterrada durante uma erupção vulcânica em 79 d.C., quando o Monte Vesúvio explodiu. Ela foi perdida por quase 1700 anos e os danos causados à cidade foram tão graves que até o nome dela desapareceu da história.
Em 1738, Herculano – uma cidade próxima também perdida – foi descoberta e dez anos depois o engenheiro militar Rocque Joaquin de Alcubierre descobriu Pompéia. Enquanto procurava em escavações posteriores, Giuseppe Fiorelli descobriu que algumas das grandes bolhas na lama vulcânica eram moldes perfeitamente formados por homens que morreram lá.
Ele injetou gesso nas bolhas e deu ao mundo moderno a primeira visão de verdadeiros habitantes da Roma Antiga. Interessante notar que a cidade estava cheia de arte e objetos eróticos e pichações encontradas numa parede de Pompéia chamavam a cidade de “Sodoma e Gomorra”, levando muitos cristãos a acreditar que a cidade foi destruída por Deus em resposta a suas perversões sexuais.
6 – A Pedra de Pilatos
A pedra de Pilatos (provavelmente o objeto menos conhecido desta lista) foi descoberta em junho de 1961 num local próximo a Cesária (parte de Judeia, em Israel) pelo Dr. Antônio Frova quando ele e sua equipe de arqueólogos estavam escavando um teatro da época da República Romana, construído por Herodes, o Grande, em 30 a.C.
A pedra foi reutilizada no século IV como parte de uma nova escadaria que foi adicionada mais tarde. O que é importante sobre esta pedra é o que os arqueólogos encontraram inscrito nela: “Ao Divino Augusto (este) Tiberio...Pôncio Pilatos...prefeito de Judeia...dedicou (este)”.
Esta foi a primeira vez que evidências físicas da existência do Pôncio Pilatos, famoso personagem bíblico, foram encontradas. Sua autenticidade é universalmente reconhecida pelo mundo arqueológico.
5 – Manuscritos do Mar Morto
Os Manuscritos do Mar Morto são 972 documentos bíblicos descobertos em uma caverna na costa do Mar Morto em 1946-1947. Eles são datados do século II d.C.; para entender a importância da data, a única outra cópia existente e relevante da Bíblia Hebraica hoje é do século IX d.C.
Isso deu aos estudiosos da Bíblia uma chance de entender de verdade a história translacional da Bíblia de meros duzentos anos depois de Cristo até os dias de hoje. Unidos às outras duas grandes cópias bíblicas do texto (escritas em grego e datadas do século IV), eles criam uma chance incrível de entender como as versões hebraicas e gregas podem ser comparadas através da história e nos contar sobre as alterações feitas em ambas por vários povos em várias épocas.
4 – Fósseis de dinossauros
É difícil dizer quando os primeiros ossos de dinossauros foram encontrados, mas nós sabemos ao menos que os primeiros cientificamente lembrados foram os do megalossauro – descrito em 1842 por William Buckland.
O iguanodonte foi descoberto dois anos antes por Gideon A. Mantell, mas não foi descrito até um ano depois. Dadas as fortes convicções religiosas da sociedade ocidental na época, essas descobertas iriam sacudir as crenças de muitas pessoas numa Bíblia literal de uma maneira nunca antes vista desde as descobertas de Copérnico e Galileu.
Algumas pessoas estavam convencidas de que essas primeiras descobertas de dinossauros se tratavam dos ossos de gigantes bíblicos (alguns ainda acham, na verdade), mas com o tempo a maioria acabou enxergando que o nosso incrível planeta foi o lar de criaturas muito antes do homem habitar a Terra.
3 - A Caverna de Altamira
Quando a Caverna de Altamira, na Espanha, foi descoberta, ela iria gerar uma controvérsia mundial que duraria décadas. Nesta caverna, o arqueólogo amador Marcelino Sanz de Sautuola, levado por sua filha de doze anos, viu pela primeira vez desde os tempos paleolíticos, desenhos criados por homens que antes não eram considerados capazes de tal façanha.
Suas implicações para a sociologia e a arqueologia eram assombrosas. Quando as pinturas foram finalmente consideradas autênticas vinte anos depois, elas mudaram para sempre a percepção dos seres humanos pré-históricos. É difícil imaginar como Marcelino deve ter se sentido quando ele olhou as pinturas pela primeira vez.
2 – Tutancâmon
“A princípio eu não conseguia ver nada, o ar quente que saía da câmara fazia a chama da vela tremer, mas depois, conforme meus olhos se acostumavam à luz, detalhes de dentro da sala emergiam lentamente da névoa, animais estranhos, estátuas, e ouro – em todos os lugares, o brilho do ouro. Naquele momento – uma eternidade deve ter sido para os outros que estavam lá – eu estava emudecido de incredulidade”.
Estas são as palavras de Howard Carter – o homem que descobriu a tumba do Rei Tutancâmon. Elas exprimem bem melhor do que qualquer tentativa de explicar o deslumbramento desta que é a mais importante descoberta egípcia dos tempos modernos. A importância desta descoberta para a compreensão da história do Antigo Egito é provavelmente a maior que existe.
1 – Garganta de Olduvai
A Garganta de Olduvai percorre o leste da África e é provavelmente a mais importante região arqueológica do planeta. Ela contém os restos de humanos de 1,9 milhão de anos e, devido à sua constante ocupação ao longo dos milênios, ela mostra o progresso da evolução do homem.
Foram encontradas ferramentas, evidência de necrofagia (marcas de dentes humanos em ossos em vez de marcas de cortes) e caça, além de evidência de interações sociais humanas numa época muito primitiva.
Também há exemplos de arte nas rochas da área. Devido à quantidade de restos e aos sinais de interação humana, esta foi possivelmente uma das primeiras cidades do homem (por assim dizer).
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