Todos os anos, nosso conhecimento sobre o passado da humanidade
melhora um pouco. 2016 não foi diferente. Os cientistas fizeram várias
descobertas e revelações que nos ajudaram a entender melhor (e, em
alguns casos, alteraram drasticamente) nossa história. Veja quais são as 8 descobertas arqueológicas mais surpreendentes.
1 – Cerveja na China
Sabemos há algum tempo que os chineses antigos desfrutavam de uma
bebida devido à
evidência de bebidas fermentadas derivadas de arroz encontradas em um local de 9.000 anos de idade na província de Henan. No entanto, em 2016, descobrimos que os chineses também eram amantes da cerveja. Os arqueólogos que escavam a província de Shaanxi encontraram equipamentos de fabricação de cerveja que datam de 3400 a 2900 a.C.
evidência de bebidas fermentadas derivadas de arroz encontradas em um local de 9.000 anos de idade na província de Henan. No entanto, em 2016, descobrimos que os chineses também eram amantes da cerveja. Os arqueólogos que escavam a província de Shaanxi encontraram equipamentos de fabricação de cerveja que datam de 3400 a 2900 a.C.
Isso marca a primeira evidência direta de cerveja sendo feita na
China. O resíduo encontrado nos recipientes revelou também os
ingredientes da cerveja ancestral. Eles incluem lírio, uma planta com o
nome científico de Panicum miliaceum, um grão chamado de Lágrima de
Nossa Senhora e cevada.
A presença de cevada foi especialmente surpreendente, pois jogou para
trás a chegada dela na China em 1.000 anos. De acordo com a evidência
atual, os chineses antigos usavam a cevada para a cerveja séculos antes
de usá-la como alimento.
2 – O punhal extraterrestre de Tutancâmon
Em meados de 2016, os cientistas foram capazes de encerrar um
mistério que vinha desconcertando arqueólogos desde que Howard Carter
encontrou o túmulo do faraó Tutancâmon em 1922. Entre os muitos itens
enterrados com o jovem faraó estava uma adaga feita de ferro. Isto era
incomum porque a ferragem no Egito 3.300 anos atrás era incrivelmente
rara e o punhal não havia oxidado.
Um exame com um espectrômetro de fluorescência de raios X revelou que
o metal usado para a adaga era de origem extraterrestre. Os altos
níveis de cobalto e níquel correspondem aos de meteoritos conhecidos
recuperados do Mar Vermelho.
Outro artefato de ferro do antigo Egito foi testado em 2013 e também
foi feito usando fragmentos de meteorito. Arqueólogos suspeitavam deste
resultado devido a textos antigos que faziam referência a um “ferro do
céu”. Agora eles acreditam que outros itens recuperados do túmulo do
faraó também foram feitos usando ferro de meteorito.
3 – Burocracia Grega
A antiga cidade de Teos, na Turquia moderna, tem sido uma bênção
arqueológica, já que
centenas de estelas (pedras com esculturas ou textos antigos) foram recuperadas do local. Uma Estela incrivelmente intacta possui 58 linhas legíveis que representam um contrato de arrendamento de 2.200 anos. Isso nos mostra que a burocracia já fazia parte da sociedade grega antiga.
centenas de estelas (pedras com esculturas ou textos antigos) foram recuperadas do local. Uma Estela incrivelmente intacta possui 58 linhas legíveis que representam um contrato de arrendamento de 2.200 anos. Isso nos mostra que a burocracia já fazia parte da sociedade grega antiga.
O documento descreve um grupo de estudantes que herdou um pedaço de
terra (com edifícios, altar e escravos) e, em seguida, o alugou em um
leilão. O documento oficial também menciona um fiador (neste caso, o pai
do locatário) e testemunhas da administração da cidade.
Os proprietários mantiveram o privilégio de usar a terra três dias
por ano, bem como inspeções anuais para garantir que os inquilinos não
danificariam a propriedade. Na verdade, metade do acordo lida com várias
punições por danos ou não pagamento do aluguel.
4 – Desenterrando uma língua morta
Embora não tenha sido usado por quase 2.000 anos, o etrusco continua a
ser uma das línguas mortas mais intrigantes. Ela teve uma grande
influência sobre o latim, que, por sua vez, influenciou muitas línguas europeias que ainda hoje falamos. No entanto, amostras de textos
etruscos de qualquer comprimento significativo são poucos e diferentes
entre si. Mesmo assim, em 2016, os arqueólogos descobriram uma Estela de
1,2 metros inscrita em etrusco.
A laje de pedra de 2.500 anos de idade foi encontrada na escavação um
templo na Toscana, na Itália. Ela estava bem preservada porque foi
reutilizada como base para o templo. Coincidentemente, outro importante
artefato etrusco, o Livro de Linho de Zagreb, também foi preservado por
ser reutilizado como invólucro de uma múmia.
Apesar de sua condição, a Estela ainda apresentava lascas e abrasões.
Assim, os estudiosos querem limpar e preservá-la completamente antes de
tentar lê-la. Eles suspeitam que o texto seja religioso e nos fornecerá
uma nova visão da religião etrusca.
5 – O Bisão de Higgs
Este ano, uma nova espécie animal foi descoberta usando um método
único – arte
rupestre. Os pesquisadores estudaram pinturas de cavernas em Lascaux e Perguset e notaram várias mudanças entre o bisão pintado há 20.000 anos e os pintados 5.000 anos depois. As mudanças incluíram diferentes tipos de corpo e chifres distintos.
rupestre. Os pesquisadores estudaram pinturas de cavernas em Lascaux e Perguset e notaram várias mudanças entre o bisão pintado há 20.000 anos e os pintados 5.000 anos depois. As mudanças incluíram diferentes tipos de corpo e chifres distintos.
Enquanto as pinturas anteriores lembravam o Bisão da Estepe, os
cientistas acreditam que os desenhos mais recentes retratavam uma
espécie inteiramente diferente. Para confirmar sua hipótese, eles
examinaram a evidência de DNA de ossos e dentes de bisão que foram
recuperados de vários locais em toda a Europa.
Estes ossos e dentes se originaram entre 22.000 e 12.000 anos atrás.
Os cientistas concluíram que, de fato, o bisão posterior era uma espécie
nova que descendia do Bisão da Estepe e dos auroques.
A nova revelação encerra uma década de confusão em relação ao
sequenciamento do genoma do Bisão da Estepe, que às vezes tinha seções
fora do lugar. A recém-encontrada espécie foi nomeada Bisão de Higgs.
6 – Primeiras pessoas destras
Um novo estudo publicado no Journal of Human Evolution registra a
primeira ocorrência de destros em ancestrais humanos – e não é no Homo
sapiens. O paleoantropólogo David Frayer encontrou evidências desse
fenômeno no Homo habilis de 1,8 milhões de anos atrás.
O estudo analisou fósseis de dentes do Homo habilis e encontrou
arranhões que eram indicativos do uso de ferramentas com a mão direita.
Frayer e sua equipe tentaram recriar o comportamento destes hominídeos.
As conclusões são que os sujeitos modernos segurariam a carne com a boca
e as mãos esquerdas enquanto usavam suas mãos direitas para rasgar o
alimento usando ferramentas de pedra. Os arranhões deixados na boca eram
semelhantes aos encontrados nos fósseis.
Embora nem todos concordem com os métodos de Frayer, o mais
significativo aqui é a mera existência do domínio da mão no Homo
habilis. Essa característica ainda é mal compreendida nos seres humanos
modernos, e parece ser muito mais antiga do que pensávamos
anteriormente. Estudos mais aprofundados podem ajudar a explicar esse
fenômeno e fornecer uma nova visão sobre a evolução do cérebro humano.
7 – O novo ancestral misterioso da humanidade
Novas descobertas feitas na ilha indonésia de Sulawesi sugerem que o
local poderia ter
sido habitado por um hominídeo ainda não determinado. Os arqueólogos descobriram centenas de ferramentas de pedra que têm pelo menos 118.000 anos de idade. Entretanto, todas as evidências indicam que os seres humanos modernos puseram o pé na ilha entre 50.000 e 60.000 anos atrás.
sido habitado por um hominídeo ainda não determinado. Os arqueólogos descobriram centenas de ferramentas de pedra que têm pelo menos 118.000 anos de idade. Entretanto, todas as evidências indicam que os seres humanos modernos puseram o pé na ilha entre 50.000 e 60.000 anos atrás.
A existência de uma nova espécie hominídea é muito plausível.
Sulawesi está localizada perto da ilha de Flores. Em 2003, os
arqueólogos encontraram outro hominídeo lá chamado Homo floresiensis (os
chamados “hobbits”) que evoluíram independentemente na ilha antes de
sua extinção, há 50.000 anos.
Talvez este seja um novo antepassado em nosso cronograma evolutivo.
Ou talvez o Homo floresiensis de alguma forma encontrou o caminho para a
ilha vizinha. Ou seres humanos chegaram a Sulawesi muito mais cedo do
que pensamos. Os arqueólogos agora estão escavando fósseis que lhes
permitam saber com certeza o que aconteceu.
8 – A estrada da Cannabis
O pensamento atual diz que a China antiga era o lugar onde a cannabis
foi usada pela primeira vez e cultivada, talvez, como uma colheita,
aproximadamente 10.000 anos atrás. No entanto, a Universidade Livre de
Berlim compilou recentemente uma base de dados de todas as evidências
arqueológicas disponíveis de cannabis que mostra que a Europa Oriental e
o Japão desenvolveram o consumo da erva na mesma época que a China.
Além disso, o uso de cannabis em toda a Eurásia ocidental permanece
consistente ao longo dos anos, enquanto o registro é irregular na China,
até que se intensifica na Idade do Bronze. Estudiosos especulam que a
cannabis se tornou uma mercadoria comercializável por esta época e se
espalhou por toda a Eurásia usando uma rede de comércio semelhante à
icônica estrada da seda.
A hipótese é apoiada por outras culturas, como o trigo, que também se
tornou mais amplamente disponível em torno do mesmo período. Estudiosos
até identificaram a cultura nômade Yamnaya como os possíveis primeiros
traficantes de drogas. De acordo com estudos de DNA, estes nômades
percorriam essa rota naquela época.
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