Os corpos não eram somente enterrados em covas, mas também presos para que não pudessem escapar caso revivessem Isso é o que escavações recentes em uma colônia grega na Sicilia indicam.
Uma das descobertas feita por pesquisadores no local foi uma tumba, datada do ano 653, que continha um corpo preso por pedaços de uma enorme ânfora, tipo de vaso grego usado para guardar azeite de oliva e vinho. “Presumimos que esses fragmentos de ânfora foram colocados em cima do corpo exatamente para prendê-lo e impedi-lo de sair”, disse Carrie Sulosky Weaver, arqueóloga da Universidade de Pittsburgh.
Uma outra cova, de 693, tinha o corpo de uma criança entre 8 e 13 anos. Os pesquisadores encontraram cinco pedras enormes colocadas sob os restos mortais. Segundo Sulosky Weaver, aparentemente as pedras também foram usadas para prender o corpo da criança em seu túmulo.
Tudo ainda é especulação, mas de acordo com a arqueóloga, o medo de zumbis seria uma explicação plausível, já que a necrofobia era um comportamento comum no período. “O medo dos mortos é um conceito muito presente na cultura grega do período Neolítico até o presente”, disse.
Inscrições em placas, chamadas de katádesmos, também foram encontradas no cemitério, o que sugere que alguns habitantes escreviam palavras mágicas para tentar ressuscitar os mortos. “Embora esses atos pareçam contraditórios, juntos eles fornecem um fascinante testemunho sobre o conceito dos gregos antigos a respeito dos mortos”, explicou a arqueóloga.
Fonte: GQ Brasil
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