Os falsos profetas do apocalipse têm vinculado a busca atual do Planeta X à antiga profecia Maia de 2012 e ao mítico planeta sumério Nibiru, culminando com péssimas notícias para o dia 21 de dezembro de 2012. Entretanto, as evidências astronômicas para estas ligações possuem uma série de mal entendidos.
Em 18 de junho de 2008, cientistas em Kobe, Japão, anunciaram (um deles um brasileiro, Patryk Lykawka) que sua busca teórica de um grande corpo no Sistema Solar exterior havia produzido resultados. A partir de seus cálculos, poderia existir um planeta, possivelmente um pouco maior que um plutóide, mas certamente menor que a Terra, orbitando além de 100 UA (Uma Unidade Astronômica correponde a 149.597.870 Km) do Sol. Mas antes que de criar entusiasmos, este objeto não é Nibiru. Trata-se de uma nova e apaixonante evolução na busca de planetas menores além do Cinturão de Kuiper.
Em uma nova simulação teórica, os dois pesquisadores de Kobe deduziram que os confins mais distantes do Sistema Solar podem conter um planeta ainda não descoberto. Patryk Lykawka e Tadashi Mukai da Universidade de Kobe publicaram um artigo no Astrophysical Journal detalhando a tese sobre um planeta menor o qual eles julgam que poderia estar interagindo com o misterioso Cinturão de Kuiper.
O Cinturão de Kuiper ocupa uma enorme região do espaço e distância cerca de 30 a 50 UA do Sol. Contém um vasto número de objetos rochosos e metálicos, sendo o maior objeto conhecido como o planeta anão (ou “plutóide“) Éris. Há muitos anos desconfia-se que o Cinturão de Kuiper tem algumas características estranhas que podem assinalar a presença de outro grande corpo planetário orbitando ao redor do Sol além do Cinturão de Kuiper. Uma de tais características é a bem conhecida anomalia chamada de “Falésia de Kuiper” que ocorre a 50 UA do Sol. Isto corresponde a um final abrupto do Cinturão de Kuiper uma vez que poucos objetos foram observados além deste ponto no Cinturão de Kuiper (os KBOs - Kuiper Belt Object, Objeto do Cinturão de Kuiper). Esta “falésia” não pode ser atribuída a ressonâncias orbitais com planetas massivos tais como Netuno, e não parece haver nenhum erro observacional óbvio. Muitos astrônomos crêem que um corte tão brusco na população dos KBOs pode ser causado por um planeta ainda não descoberto, possivelmente tão grande como a Terra. Este é o objeto que Lykawka e Mukai estimam ter encontrado em seus cálculos.
Esta pesquisa japonesa estima que um grande objeto, com 30-70% da massa da Terra, orbita o Sol a uma distância de cerca de 100 a 200 UAs. Este objeto pode também ajudar a explicar por que alguns KBOs e objetos trans-netunianos (TNOs - Orbita além de Netuno) têm algumas estranhas características orbitais (como Sedna).
Desde que se descobriu Plutão em 1930, os astrônomos têm estado buscando outro corpo mais massivo que pudesse explicar as perturbações orbitais observadas nas órbitas de Netuno e Urano. Esta procura se conhece como a “busca do Planeta X“, o qual literalmente significa “a busca de um planeta ainda não identificado”. Na década de 1980 estas perturbações se catalogaram como erros observacionais. Por tanto, a procura científica atual do Planeta X é a busca de um grande KBO ou um planeta menor. Embora o Planeta X possa não ser maior que a Terra, os investigadores ainda estão entusiasmados com encontrar mais KBOs, possivelmente do tamanho de um plutóide, o talvez um pouco maior, mas não muito mais.
Em 1984, chegou enfim a “alegada descoberta de uma anã marrom no Sistema Solar exterior” por parte do IRAS e o “suposto anúncio da NASA de um planeta de 4-8 massas terrestres viajando até a Terra” em 1993. Em sua forma mais pura, o Planeta X é teoricamente um possível planeta "ainda desconhecido" com orbita além do Cinturão de Kuiper.
Bom, fica claro aqui uma coisa, existe de fato um planeta de massa grande o suficiente para estar causando ressonâncias nas órbitas de Netuno e Urano e que causou um final abrupto no Cinturão de Kuiper, (como um bolo em que se retira uma fatia, veja ilustração) que possivelmente tenha sido também responsável pela órbita excêntrica de plutão, planeta anão que leva aproximadamente 258 anos para dar uma volta em torno de nosso sol, uma coisa é certa não se trata de um erro observacional, tem alguma coisa lá ou passando por lá de tempos em tempos, a questão é, o que? Mas tenha certeza de uma coisa, essa pergunta provavelmente já foi respondida, só não, divulgada.
Como está a classificação atual no Sistema Solar
Como está a classificação atual no Sistema Solar
Existem planetas em nosso Sistema Solar descobertos desde 1801 como Ceres, já ouviu falar? descoberto "acidentalmente" no dia 1 de janeiro de 1801 por Giuseppe Piazzi, usando um telescópio situado no alto do Palácio Real de Palermo na Sicília. Quando eu tinha 5 anos só havia (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão) 9 Planetas e ainda hoje, meu filho com a mesma idade, aprendeu desta forma, quando deveria aprender que a nova ordem é (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Ceres, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão, Haumea, Makemake e Éris) 13 Planetas, simplesmente não aprende, porque os livros brasileiros estão desatualizados. Dá para imaginar que o Huble com todas as atualizações que recebeu nos últimos anos e com as lindas imagens já publicadas só conseguiu mostrar uma imagem em preto e branco de Ceres, mais próximo dos novos corpos e ainda assim desfocada. Curiosidade: um dia em Ceres é pouco mais de nove horas terrestres, possui uma fraca atmosfera e a temperatura gira em torno de -38ºC e -34ºC abaixo de zero.
Imagens do Telescópio espacial Hubble de 2003-2004 com uma resolução de cerca de 30 km. A natureza do ponto brilhante é desconhecida, dizem eles...
Fonte:
O mito de Nibiru e o fim do mundo em 2012 - David Morrison
David Morrison é cientista do Instituto de Astrobiologia da NASA, onde, entre outras responsabilidades, responde as perguntas recebidas via internet “Pergunte a um astrobiólogo“. Morrinson é membro do Comitê de Investigação Cética (CSI – Committee for Skeptical Inquiry) e autor de numerosos livros e artigos. Morrison é um dos homenageados com a Medalha Carl Sagan da Sociedade Astronômica Americana por suas contribuições à compreensão pública da ciência.
O documentário “O Universo”, do History Channel o episódio “Os fenômenos mais estranhos do Universo” fala sobre a busca pelo Planeta X no Sistema Solar.
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