sexta-feira, 12 de abril de 2013

Egito revela porto com os 40 papiros mais antigos já encontrados

Uma equipe de arqueólogos descobriu no Egito um porto histórico no litoral do Mar Vermelho com os papiros mais antigos já encontrados até hoje, informou nesta quinta-feira (10) o Ministério de Estado para as Antiguidades em comunicado.

O porto, que remonta à época do faraó Quéops, o segundo rei da 4ª dinastia que reinou há mais de 4.500 anos, fica na zona de Wadi al Gurf, a 180 quilômetros ao sul da cidade de Suez, no leste do Egito.

Nele, estão 40 papiros com hieróglifos que documentam a vida cotidiana dos egípcios, alguns datados do ano 27 do reinado de Quéops. 

O ministro egípcio para as Antiguidades, Mohammed Ibrahim, explicou que esses textos incluem registros mensais com o número de trabalhadores no porto e oferecem detalhes sobre suas vidas. Os documentos foram levados ao Museu de Suez para que sejam estudados.

O arqueólogo francês Pierre Tallet, diretor da equipe francesa que ajudou nas escavações, acrescentou que nos papiros se reflete o estilo de vida dos cidadãos na antiguidade, seus direitos e suas obrigações.

O porto, aonde chegavam embarcações com bronze e metais procedentes da Península do Sinai, tem um píer onde foram descobertas várias âncoras de pedra.

Além disso, há restos de quartos nas quais se alojavam os trabalhadores do porto e 30 cavernas escavadas na rocha, junto a blocos de pedra empregados para fechá-las com o nome de Quéops escrito em tinta vermelha.

Também foram encontradas cordas de embarcações e ferramentas usadas para cortá-las. 

Fonte: Terra



terça-feira, 9 de abril de 2013

Arqueólogos encontram local que afirmam ter sido a casa de Abraão

Foto tirada em 31.04.2013.
Um raro complexo, cuja estrutura data de 4 mil anos, localizada perto da antiga cidade de Ur, no sul do Iraque, e do local do Zigurate parcialmente reconstruído (o templo sumério), foi descoberta por dois arqueólogos britânicos, que acreditam se tratar da casa de Abraão, e ou  provavelmente usada por ele, como um centro administrativo, antes do deslocamento para Qana (Canaã).  Abraão começou uma linhagem que inclui as figuras significativas da Bíblia e da Torah, e se tornou a base para as religiões abraâmicas, como o judaísmo, cristianismo e islamismo.

O líder da escavação, Stuart Campbell, do Departamento de Arqueologia da Universidade de Manchester, disse que o achado é deslumbrante e muito grande, quase do tamanho de um campo de futebol, ou seja, com cerca de 80 metros, e que parece um tipo de edifício público ou administrativo, ou com ligações religiosas ou de controle sobre a cidade de Ur. 

O enorme, raro e antigo complexo de salas que circulam um pátio, situa-se há 20 km de Ur, que é a última capital das dinastias reais sumérias, a primeira civilização da humanidade, que surgiu há 5 mil anos, que na sequência originou os babilônios. Campbell iniciou as escavações no último mês, com uma equipe britânica de seis arqueólogos que haviam trabalhado com quatro arqueólogos iraquianos, em Tell Khaibar, sul da província de Thi Qar, há 320 km de Bagdá. 

Um dos artefatos descobertos, trata-se de uma placa de argila de 9 centímetros, com a imagem de um adorador vestindo um longo manto de franjas, aproximando-se de um local sagrado. Através do complexo descoberto, dos artefatos, e da análise de restos de plantas e animais encontrados, a equipe de arqueólogos poderá descobrir as condições ambientais e econômicas da região. Eles acreditam que a área era pantanosa, e que o comércio marítimo era possível na região, em virtude da cabeça do Golfo estar situada mais ao norte.

Fotos obtidas com base em imagens de um satélite, sobre o levantamento da cidade, revelaram a presença de uma construção considerável, provavelmente, relacionada a um edifício administrativo para estudo. Os arqueólogos, provisoriamente, dataram o sítio com idade entre 2 a 4 mil anos A.C, época do saque da cidade, e da queda da dinastia real suméria, afirmou Campbell.

O Iraque enfrenta um grande problema em preservar seu patrimônio arqueológico, seus 12 mil sítios arqueológicos registrados, estão muito mal guardados, e em virtude de guerras e violências no país, que possui diversos sítios arqueológicos importantes e ainda inexplorados, muitos arqueólogos internacionais estiveram fora do Iraque. 

Esta é a primeira vez que uma equipe britânica lidera escavações no sul do Iraque, desde os anos 80. Campbell e sua equipe, em parceria com Robert Killick, um arqueólogo independente, e a Dra Jane Moon, da Universidade de Manchester, são os pioneiros desde então. As escavações puderam mostrar que as missões de colaboração, só foram possíveis em algumas regiões estáveis do Iraque, como o sul, que é dominado pelos xiitas. 

Na imagem, uma placa de argila encontrada
nas escavações do complexo que teria
sido a casa de Abraão na cidade de Ur.


Essa deslumbrante descoberta, nos faz sentir que somos privilegiados, pois somos os primeiros a trabalhar neste local importante. A paisagem circundante, agora árida e desolada, foi o local de nascimento de cidades e da civilização cerca de 5 mil anos atrás e a morada dos sumérios e babilônios mais tarde”, disse Campbell, que explicou ainda que os pesquisadores vão usar tecnologia moderna para ajudar a compreender melhor o período.

Por décadas, locais culturalmente ricos, como Ur, jaziam intocados. Alguns sítios foram saqueados, e outros danificados pela guerra. “Por causa da falta de trabalhos arqueológicos na região, qualquer novo conhecimento é importante para os arqueólogos nesta área – e esta descoberta tem o potencial de realmente avançar a nossa compreensão da primeira cidade-estado”, ressaltou.

Notas da National Geographic apontam que Ur provavelmente se originou “em algum momento do quinto milênio aC” e foi descoberto em 1920 e 1930, após uma expedição. Ur também é apontada por muitos estudiosos da Bíblia como sendo o local de nascimento de Abraão.


FonteNational Geographic

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