quinta-feira, 3 de maio de 2012

Artefatos arqueológicos questionam dispersão da humanidade pelo planeta


Existe quase um consenso, entre os arqueólogos, de que o Homo sapiens surgiu na África, entre 200 mil e 100 mil anos atrás. A maioria dos cientistas aceita que o início da diáspora foi pela costa do continente, local por onde chegariam até a península arábica. Mas uma série de descobertas arqueológicas pode redefinir essa visão.

Pesquisadores da Universidade de Birmingham (Inglaterra) descobriram artefatos de pedra em mais de cem sítios arqueológicos no Omã, país localizado a sudeste da Arábia Saudita. Estes objetos, segundo estimativas, datam de pelo menos 100 mil anos atrás, período no qual não deveria haver (segundo as teorias que prevalecem hoje) nenhum agrupamento humano fixo longe do litoral.

Essa descoberta muda a ideia de como os primitivos africanos teriam saído do continente pela primeira vez. Com essa descoberta, admite-se que talvez eles tenham migrado pelas quentes e áridas regiões do interior do norte africano e da península arábica, e não pelas áreas mais amenas da costa. Eles explicam que essa teoria sempre foi mais aceita por ser mais lógica, mas não há reais evidências arqueológicas disso.

Os artefatos teriam pertencido aos núbios, povo que originalmente habitava regiões próximas ao rio Nilo, no Egito. A partir de uma técnica que envolve radiação, conhecida como Luminescência Ótica Estimulada (OSL, na sigla em inglês), os artefatos foram datados com cerca de 106 mil anos de idade. A descoberta levanta um mistério sobre a trajetória dos humanos através do continente.

Fonte: LiveScience
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