sexta-feira, 27 de abril de 2012

Existiam gladiadoras na Roma antiga?


Uma pequena estátua de bronze – com aproximadamente 2 mil anos – sugere a existência de gladiadoras vitoriosas na Roma antiga.

A estatueta mostra uma mulher com os seios à mostra, vestindo apenas uma tanga e uma faixa em torno de seu joelho esquerdo. Seu cabelo é longo e arrumado, e, em pose altiva, levanta no ar o que o historiador Alfonso Manas, da Universidade de Granada, na Espanha, acredita ser uma sica – uma pequena espada curva amplamente utilizada pelos gladiadores.

O gesto dela representa uma “saudação ao povo”, ato feito somente por gladiadores vitoriosos no fim de suas lutas. E a mulher na estatueta olha para baixo, provavelmente para seu oponente caído. Segundo Manas, os detalhes tão precisos da estátua indicam que a representação foi inspirada por uma pessoa real, que realmente lutou na arena.

Ainda não se sabe exatamente onde a estátua foi encontrada, mas atualmente está sob o poder do Museu de Arte de Hamburgo, no norte da Alemanha. Se confirmada a tese do pesquisador espanhol, a estátua será a segunda representação de gladiadora encontrada até hoje.

Gladiadoras: cedo ou tarde demais para confirmar?

A raridade dessas estátuas, que mostram mulheres lutando ou em pose de luta, reflete a ideia que gladiadores mulheres eram poucas na Roma antiga.

Elas foram banidas pelo imperador Septimius Severus em 200 d.C. e, consequentemente, apenas uma dúzia de referências a elas sobreviveram nos escritos históricos antigos. A única outra representação das possíveis gladiadoras é uma relíquia de Halicarnassus, Grécia, que mostra duas mulheres batalhando.

De acordo com o pesquisador da Universidade de Granada, já houve descobertas de túmulos de gladiadoras, mas o fato não atraiu a atenção da maioria dos especialistas e pesquisas mais aprofundadas nunca foram feitas nesses locais.

Os opositores à teoria de Manas afirmam que a estátua representa uma atleta treinando com um strigil, pequeno objeto curvo bastante similar a uma espada. Contudo, Manas notou vários aspectos que sugerem o contrário.

Primeiro, a postura da mulher. Faria pouco sentido uma atleta olhar para o chão e levantar um instrumento no ar, além de que essa era a pose de vitória comum entre os gladiadores do mundo antigo.

O segundo ponto que Manas destaca é que as atletas do mundo romano não ficavam com os seios à mostra. “Usavam um tipo de biquíni ou uma túnica, que deixava aparecer apenas um seio, mas nunca os dois”, explica o historiador.

Gladiadores, contudo, eram escravos ou pessoas de baixo status social. Representá-los com os seios nus é, portanto, mais aceitável. E a faixa que ela usa em seu joelho também é marca registrada desses lutadores.

A historiadora Anna McCullough, da Universidade Estadual de Ohio, que já escreveu sobre gladiadoras, mas não tem relação com a pesquisa de Manas, é cautelosamente otimista sobre a identificação. “O gesto é muito mais similar ao gesto de vitória do que qualquer outro ato”, afirma McCullough. “Acho que realmente se parece com um gladiadora”.

Mas um problema potencial, na visão dela, é a ausência de elmo, protetores ou outras formas de armadura.

“A razão para sua nudez parcial talvez esteja na intenção de quem fez a representação artística, que queria enfatizar que o lutador era mulher e não homem”.

McCullough explica que, na realidade, gladiadoras usavam mais que tangas e faixas na arena. Sem as proteções e armaduras, os lutadores teriam sido mortos em grandes números.

“Se os gladiadores morressem toda vez que lutassem na arena, seria um problema de difícil solução manter a população de gladiadores nas escolas”, ressalta a historiadora estadunidense. “Mas talvez ela tenha tirado o seu elmo para fazer o gesto da vitória; ou talvez o artista quisesse mostrar o cabelo dela. Talvez, ainda, ela tenha ido para a arena sem o elmo, para as pessoas verem seu rosto. E o escudo poderia estar na mão direita, que não está mais presente na estátua”, especula Manas.

Fonte: LiveScience


terça-feira, 10 de abril de 2012

Ollantaytambo

No extremo norte do Vale Sagrado, Ollantaytambo é rara, se não única, localizada no Peru. 

Ollantaytambo é uma fortaleza enorme a 50 quilômetros de Machu Picchu. A cidadela serviu como um templo em um passado remoto desconhecido e como fortaleza pelos conquistadores espanhóis no séc. XVI. Por razões desconhecidas, todo o trabalho parou súbita e misteriosamente neste grande sítio. Quando os espanhóis perguntaram aos nativos se foram eles que haviam construído a grande fortaleza, os nativos riram dos espanhóis.



Terraços incas (esquerda) e megalítico na parede 
(direita) do sítio pré-inca de Ollantaytambo.

Megalítico  pré-Inca cantaria em Ollantaytambo 

Muro dos Seis Monolitos.

Terraços de Pumatallis.

As principais pedreiras de Ollantaytambo foram localizadas em Kachiqhata, um barranco sobre o rio Urubamba cerca de 5 quilômetros da cidade. O site apresenta três principais áreas de pedreiras: Mullup'urku, Kantirayoq e Sirkusirkuyoq, todos eles, contendo blocos de riolito que foram levados para os edifícios do Templo morro acima . Uma elaborada rede de estradas e rampas conecta-se com as áreas do edifício principal.

Tecnologia de Pedra

O Templo do Sol (acima) foi construído com enormes pedregulhos de pórfiros vermelhos (granito rosa). A pedreira é chamada de Kachiqhata e está localizado a cerca de 4 km do vale, olhando pelo lado de cima a sudoeste das montanhas. As pedras foram esculpidas parcialmente nas pedreiras, e escavadas até o fundo do vale. Para atravessar o rio Quechuas construíram um canal artificial paralelo ao leito natural do rio que servia para desviar água do rio de acordo com a conveniência. Portanto, enquanto a água flui através de um canal a outra parte ficava seca, assim pedras podiam ser levadas para o outro lado do vale. Mais ainda, as pedras foram transportadas para o ponto superior onde o templo se erguia usando o plano inclinado que é algo como uma estrada de silhueta claramente vista ao fundo do vale. 

A teoria vigente é a de que eles utilizaram pedras cilíndricas como rodas, cordas de couro, alavancas, polias, e a força braçal de centenas e até milhares de homens. Hoje, no caminho da pedreira ao templo ainda existem dezenas de pedras enormes que as pessoas conhecem como "pedras cansadas", porque acredita-se que eles jamais poderiam ser transportadas ao seu destino; essas pedras são a razão pela qual alguns autores afirmam que o Templo do Sol ficou inacabado quando a invasão espanhola ocorreu.





Blocos maciços, multi-facetados foram precisamente agrupados e interligados  
em padrões definidos, de modo a suportar os efeitos de terremotos.


Os cientistas especulam que o processo de alvenaria pode ter funcionado assim: depois de esculpir a forma desejada da primeira pedra elas eram montadas no local, os pedreiros, de alguma forma suspendiam a pedra em um andaime. Eles teriam então que traçar um padrão na pedra, a fim de esculpir a forma de quebra-cabeças que se encaixam perfeitamente. Depois de traçar o padrão, eles esculpem a pedra e dão forma, para obter a forma geral elas eram lixadas com precisão. Evidentemente, a descrição técnica aqui apresentada é puramente especulativa. O método poderia ter funcionado na prática, mas isso não significa que esta é a forma como os pedreiros de Quechua fizeram, nem os especialistas em corte de pedras atuais fazem a mínima ideia de como foi feito.

Como esses blocos titânicos de pedra trazidos para o cume do monte foram trazidos das  pedreiras por quilômetros de distância? Como eles foram cortados e montados? Como foram levantados e colocados no lugar? Ninguém sabe, ninguém pode sequer imaginar. Alguns arqueólogos e cientistas, querem nos fazem acreditar que esses povos antigos fizeram tudo isso utilizando ferramentas de pedra e bronze. Tal explicação é tão absurda, que nem sequer é digna de consideração. Nada foi encontrado, qualquer ferramenta ou utensílio de pedra que comprove essas afirmações.

Civilizações antigas A. Hyatt & Ruth Verrill - América


Em 1986 Jean-Pierre Protzen, afirma que Verrills estava errado. Ele foi para Cuzco e mostrou como pedras do rio podem ser usadas como martelos e moldadas na forma desejada.

"Parece que a técnica inca de encaixe dos blocos de forma justa e precisa baseou-se largamente em tentativa e erro. É um método laborioso, particularmente quando se considera o tamanho de algumas das pedras em Sacsahuaman ou Ollantaytambo. O que deve ser mantido em mente, no entanto, é que o tempo e a força de trabalho eram provavelmente de pouco interesse para os incas, que não têm uma noção europeia de tempo e tinha muito trabalho e tributos dos povos conquistados à sua disposição. "

Jean-Pierre Protzen - Scientific American - fevereiro 1986.

Teria sido este monólito esculpido com ferramentas de pedra?

Eric Von Daniken , em sua série de livros que começam com Chariots of the Gods (Eram os Deuses Astronautas?) teorizou que as obras construídas com pedra-Andina teriam sido obra dos deuses dos povos nativos que teriam vindo das estrelas e visitaram a terra há muito tempo, trazendo civilização, cultura  e conhecimento para o homem primitivo. A comunidade científica simplesmente o ridicularizou. 

Seus livros levantam questões que vão além das teorias convencionais e desvendam os mistérios em torno  dos   antigos monumentos da Terra que parecem desafiar a explicação racional, mesmo nos dias de hoje. 

Todo mundo que já viu os monumentos do Egito, Mesopotâmia, América do Sul e muitos lugares antigos testemunhou a habilidade surpreendente com que estes monumentos foram construídos. O ajuste a precisão do corte desses grandes blocos de pedra é incrívelmente precisa, tanto no Velho Mundo como no Novo. É difícil de acreditar, que tudo isso foi feito por trabalho manual. Este link muito interessante, Tecnologia da Pedra Antiga , inclui também as teorias de Davidovits, Professor do Instituto geopolimérico na França. 

Em suma, sua criativa teoria é que os 2 milhões de blocos de calcário que compõem o núcleo da pirâmide de Chufu (Quéops), não foram cortados, mas o calcário foi dissolvido em água, levado para o local de construção em pequenas porções e, em seguida, os blocos foram fundidos. Ainda mais absurdas são suas idéias sobre as paredes e a precisão de ajuste dos Incas: ele apresenta uma técnica para suavizar a pedra através da utilização de extratos de plantas ácidas! 




domingo, 1 de abril de 2012

Arqueologia por satélite

Milhares de possíveis cidades antigas foram descobertas por arqueólogos usando computadores para analisar imagens de satélites.

O pesquisador Jason Ur afirma já ter avistado nove mil pontos em potencial de antigos assentamentos humanos no norte da Síria, por exemplo.

Os computadores são usados para analisar as imagens em busca de descoloração do solo e barreiras no solo. Ur comenta que pesquisas nessas áreas, usando outros meios, levariam a vida inteira. Com a tecnologia, ocupações humanas de sete ou oito mil anos atrás ficam visíveis milhões de vezes mais rápido.

De acordo com Ur, a tecnologia removeu a subjetividade e permitiu que áreas muito maiores fossem analisadas. Os nove mil locais possíveis foram identificados em uma área de 23 mil quilômetros quadrados. Resta saber o que os céus reservaram para nós aqui na Terra quando as escavarmos. 

Fonte: BBC


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